sábado, 19 de setembro de 2009

Viagem Interior: Arcano Zero

Apenas permita-se de sonhar.

Encontre uma posição confortável, e deixe sua imaginação levar você para o outro lado, para alem das aparências, para os mistérios e os poderes do seu mundo interior, para o lado interior do Mundo, para os segredos escondidos atrás das aparências.

Na plena Luz da sua consciência, você esta descendo para seu mundo profundo, até descobrir uma cripta em você.

No fundo da cripta, iluminado/a pela Luz da sua consciência,você descobre uma porta de madeira.

Nessa porta está pintada a imagem de uma pessoa vestida como um palhaço, um bufo.

Na mão direita segura um bastão, que usa como bengala.

Nas costas leva uma mochila, que parece vazia. Anda com os olhos mal focalizados, sonhando... devaneando. Um cachorro atrás está pronto para morder suas calças rasgadas. Um bufo, um vagabundo que não sabe para onde vai.

Com curiosidade, você entra nessa imagem; é uma porta para ir longe. Entrando nessa figura, você se torna ela, você é ela.

Caminhando... olhando com o olhar do devanear. Olhando para Nada, olhando no Nada. Olhando nesse Nada misterioso de onde vem o Universo, nesse Nada divino que contém as galáxias.

Sentindo-se um zero. Sentindo-se nada. Sentindo-se tudo. Em comunhão com a imensidão, com o Céu e com a Terra: "Tudo isso sou eu. Esse Universo sou eu."

Seu caminhar o/a levou para uma pequena cidade. Caminhando na rua principal você sente: "Ninguém presta atenção para esse Nada que eu sou. Ninguém, fora os cachorros. Eu sou Nada."

Da mochila, que parecia nada conter, você tira uma coroa, vestindo-se de rei,começando o teatro. Você é um ator em um papel de rei. As pessoas da cidade vêm admirar o espetáculo. Aplaudem.

Vestindo-se de camponês, você é um ator em um papel de camponês. As pessoas da cidade aplaudem.

Vestindo-se de velho... vestindo-se de jovem... vestindo-se de ingênuo... vestindo-se de esperto... vestindo-se de guerreiro. Aplaudem, aplaudem.

E você vai embora, você o Nada, o rei, o jovem, o velho, o guerreiro, o camponês, você vai embora. O Nada que você é vai mais longe, vestir-se com a imensidão dos caminhos, vestir-se das colinas, das árvores, do vento, da chuva, vestir-se da Luz das estrelas, do Sol e do luar. Você vai, sem saber para onde.

Qualquer caminho caminha na imensidão da Realidade divina. Caminha no Ser.

"Eu sou Nada, posso vestir qualquer forma, a forma de um rei ou de um vagabundo, a forma da juventude ou da velhice, a forma da estupidez ou da sabedoria. Minha mochila está vazia. Minha mochila contém o Céu e as estrelas, o Sol e a Lua, o mar, as florestas, as cidades com seus moradores e o vento que vem do mar, o vento onde voam os pássaros e o vento de Luz, que vem das galáxias. Não sei nada, o Universo é grande demais. Eu compreendo sendo. Para compreender o rei eu sou o rei, para compreender a vida sou a vida, para compreender o amor, amo. Para compreender o relâmpago, eu caio do Céu, para compreender o fogo, danço a dança das chamas, para compreender você, sou você. Para compreender o Divino, entro em comunhão. Podem latir os cachorros e morder. Podem morder as minhas roupas. Não podem morder o Nada que eu sou."

Imaginando o Templo do Sol, você é Você, embaixo da grande cachoeira de Luz. E com prazer você veste seu corpo humano, para respirar o vento que vem do mar, para admirar a beleza tranqüila do pôr do Sol, e para participar da criação permanente do Universo.

Fonte: http://www.dassigny.com.br/louco.shtml

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

E no elevador

Az no tribunal, entra no elevador
Assessorista perguta "qual andar?"

Eu respondo distraído "me leva pro 4º, por favor"

Então ouço ela pensando alto "ah... e como eu queria"

::: EDIT:::

Eu acabei de ver esse vídeo, ele é muito foda!
Escrito, produzido e animado por Egmont Mayer

Tem uma msg muito legal, gostaria de compartilhar =)


Red Rabbit from Egmont Mayer on Vimeo.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Enquanto isso no ônibus...

Bateram no carro do Az, então ele tem de voltar à vida dura de usuário do serviço público morando num lugar que quase não passa ônibus e os que passam caem aos pedaços. Pq eu nao nasci rico?
Mesmo assim, certo dia ele estava lá no cantinho dele viajando e sentam no banco de trás 3 meninas (isso mesmo, uma estava no colo) e começam a conversar um monte de merdinhas de adolescentes fúteis e piriguetes.
E começam a ouvir, atrás de mim música no celular: Funk (Só os proibidões, lógico, senão não tem graça), pagode e umas "músicas" de uns DJS muuuuuito ruins que "mixam" os funks e os pagodes (pense no nível do que era "cantado") frase com muitas aspas essa né xD
Detalhe: elas fazem isso TODO DIA >.<
Uma delas estava com um mega roxo no pescoço e tava lá tirando onda de fodona com as amiginhas delas e uns outros moleques igualemente ridiculos.
Em dado momento uma delas me cultuca no ápice da minha indignação e inicia-se o diálogo:
- E você, o que que acha disso? *aponta para o roxo na amiga*
- Coisa de amador *sem tirar os olhos da janela*
*A menina faz cara de quem não entendeu, ou pelo menos não esperava tal resposta*
-É... Isso é coisa de amador. Coisa de quem não sabe se pegar direito e fica aí deixando marcas... Se for pra se agarrar que faça direito. Marcas e coisa de amador. *Falando com o tom de um pai ensinado ao filho dos segredos da vida*
A outra amiga:
- Cuidado hein, minha amiga é perigosa, consegue todos os homens que quer.
-Homens não, meninos né?
A do Roxo no pescoço:
- Agora você nem tem mais chance comigo, perdeu.
- Perdi nada, eu nao sou homem para você, ou melhor, VOCÊ não é MULHER pra mim. Sou homem DEMAIS pra você. *Com cara de paisagem*
As três
*se sentam e ficam quietinhas o resto da vigem.*
Todos do ônibus:
*Ficam contentes que elas tenham calado a boca e desligado a músca*
Eu:
*Continuo olhando pela janela com um sorriso se abrindo como uma cobra rastejando*