sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Desvario


Meu coração não passa de um chapel surrado que humildemente estendo à quem, por caridade, queira me dar migalhas de carinho.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Mudando de Assunto...

Antes de Tudo...

Como na história de Orfeu, eu não preciso olhara para trás para ver o espectro que minha Eurídice se tornara.
Ainda me mantinha preso à uma pessoa que não existe mais e me negava a aceitar. As trancas das correntes estavam abertas e depois de muito me enganar resolvi, finalmente, abri-las.

Fecha-se agora mais um capítulo da minha passagem por essa realidade, e pra variar não foi com um “felizes para sempre, ou pelo menos por um bom tempo”.
De qualquer modo, página virada, não falarei mais sobre isso.
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Agora sim, mudando de assunto:

Já ouviram falar do DISCORDISMANISMO?

Sim. Isso mesmo. Foi um acontecimento magico e libertador na minha vida. Tudo mudou qdo pus as mão no tomo sagrado do PRINCIPIA DISCORDIA.

Sai da luz que ofuscas as massas e me adentro na penumbra do Cao Sagrado. E depois que seus olhos se adaptam à semi-escuridao, se pode ver todo um mundo novo sob o prisma Erístico.

Eu sempre tive uma visão de mundo muito pessoal, numa miscelânea de culturas, crenças, religiões, filosofias, dogmas e por aí vai... e o discordianismo junta tudo o que eu penso com uma pitada de sarcasmo, humor negro, mindfuck e nonsense.

Mas é justamente por ser considerada “nonsense” que faz todo o sentido.

Ainda estou lendo sobre isso... e estou morrendo de sono... então vou deixar para quem entende do assunto instruir aos que se interessarem. Alguns links:
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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Voltando ao Meu Abismo

Ela está aqui, na minha frente, a um passo de mim...
Eu posso toca-la?
Estendo o meu braço mas...
não consigo alcança-la.
Ah... Dela emana luz... Ilumina o meu abismo, aquece o meu coração.
Eu grito pelo seu nome mas....
Minha voz não chega à ela.
Ela está aqui, a um passo de mim. Um mísero passo.
Ah... Dela emana luz... Como me ofusca...
Meus olhos, acostumados à escuridão, agora só vêem vultos e imagens disformes. Estou perdido? Onde eu fui parar? O que eu vejo é real?

Ela estava aqui agora, a um passo de mim, um mísero passo...
Eu andei de encontro a ela... Foram quantos passos?
Onde ela está? Eu não a vejo mais...

Cadê a sua luz? Escuridão... Meus olhos se adaptam de novo e a visão gradualmente volta...
Cadê o calor? Frio... Vento gélido e sussurrante invadindo minha mente, envolvendo o meu corpo...
Meu rosto ainda está molhado. O que eram essas gotas que caiam ao chão? Frustração? Tristeza? Solidão? Medo? Decepção? Será que... Era a minha alma se desfazendo lentamente?

Meu rosto está seco agora, as gotas que coloriam o chão se misturam ao pó levado pela brisa.
Volto ao meu abismo, o meu lar... Ainda tenho um longo caminho pela frente e não posso me dar ao capricho de parar...
Eu sei exatamente para onde estou indo e sei que será um caminho árduo.

Abro minhas asas, sinto uma força fluindo por todo o meu corpo, um grito insiste em fugir da minha garganta. Levanto vôo e desço aos mais abssais profundezas e sigo em frente, rápido, sem olhar para trás.

O frio me faz arrepiar dando aquela sensação gostosa de se estar vivo.
A escuridão me abraça, tenra, escondendo as minhas cicatrizes e acalentando minha alma.
O vento sussurra em minha mente me dizendo que irá comigo para sempre me lembrar dos grãos levados por sua irmã brisa e que vão ficando para trás. Ele me envolve e me impulsiona.

E a cada bater de asas eu vou mais rápido e um sorriso surge... é a esperança
Sigo em frente, sem olhar para trás.
Onde ela está? Estava aqui... a um passo de mim... Um mísero passo...
Sigo rápido olhando sempre para frente. E o sorriso se mantém.
A esperança me diz docemente “em frente, em frente... lá que ela está”

Eu tento olhar para trás, mas ela não me deixa e repete “em frente, em frente... lá que ela está”.
E eu sigo de dentro do meu abismo mais rápido, mais rápido.
Onde está ela... Estava aqui a um passo de mim...
Mas não importa mais... Eu irei reencontra-la.
Bato as asas, pego velocidade. A liberdade invade minha alma. Um sorriso de vitória não abandona minha face.
E eu sigo em frente, rápido, sem olhar para trás.

Vês o horizonte? Meu objetivo é além... Muito além...

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Uma Cena...



Olho pela janela...

As pessoas indo e vindo num frenesi intenso e ininterrupto.

Rostos pálidos, roupas desbotadas.

A cidade é cinza, malcheirosa.

Todos olham pro chão, o contato físico se restringe a meros esbarrões no meio da multidão.

E apenas um ruído... Um ranger de dentes que impesteia o ar...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Viajando pelo Caos

Como é dificil... Você construir com todo cuidado um castelo de cartas, lutar para mantê-lo firme, protege-lo e no final ter você mesmo que puxar a carta que o derrubará...`
Às vezes, para se contruir, é preciso destruir. É a entropia que precede a ordem.
Abri mão da coisa mais importante da minha vida, me agarrando com todas as forças na esperança de que tudo valerá a pena, e que o caminho tomado foi o correto. Que as promessas feitas sejam cumpridas.
Sempre vivi em meio ao Caos, viajo em sua desordem como folha ao vento. E assim, leve, vou até onde ele levar... Onde quer que seja.